CENA
RENATA – “Índia”
Um
quadro. Pintura a óleo. Luz a compor a cor na carne. Beleza. Agonia no que há
de vir. Os gemidos, antecedem o pensamento a supor um tal nascimento. Vira-se.
O olhar contradiz a razão no qual fomos condicionados. Estranhamento... Índia?
Branca, loura porcelana. Como? Sim!
E
ela vem... Geme, agoniza agonia! Lágrimas nos olhos. Beleza doída.
Ensandecer
naquela barriga que cai. Espatifa, esparrama-se. Carne viva. Semente por todos
os lados. Ali, aquele corpo branco no desespero a ninar e comer aquele outro
corpo que se transforma. E, escorre o caldo no sangue, e lambe os dedos. Gruda
no cabelo claro, o caldo doce tão amargo na minha boca. A loucura no desespero
de semear. Arrasta o corpo no corpo esfacelado, geme em ânsia, cospe semente na
terra preta, fértil à espero do alimento à semear, e, junta, aflita, junta-se
em forma escultural nas cores inquietantes da bandeira deste país, com os seios
vermelhos de sangue e vida. Cospe na terra o que terá a função última de
germinar
a.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário