segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Escrita de 5 minutos (Juliana Seabra)

CENA RENATA – “Índia”

Um quadro. Pintura a óleo. Luz a compor a cor na carne. Beleza. Agonia no que há de vir. Os gemidos, antecedem o pensamento a supor um tal nascimento. Vira-se. O olhar contradiz a razão no qual fomos condicionados. Estranhamento... Índia? Branca, loura porcelana. Como? Sim!
E ela vem... Geme, agoniza agonia! Lágrimas nos olhos. Beleza doída.

Ensandecer naquela barriga que cai. Espatifa, esparrama-se. Carne viva. Semente por todos os lados. Ali, aquele corpo branco no desespero a ninar e comer aquele outro corpo que se transforma. E, escorre o caldo no sangue, e lambe os dedos. Gruda no cabelo claro, o caldo doce tão amargo na minha boca. A loucura no desespero de semear. Arrasta o corpo no corpo esfacelado, geme em ânsia, cospe semente na terra preta, fértil à espero do alimento à semear, e, junta, aflita, junta-se em forma escultural nas cores inquietantes da bandeira deste país, com os seios vermelhos de sangue e vida. Cospe na terra o que terá a função última de germinar a.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário